Quando os pais não conseguem se entender sobre a criação dos filhos, a guarda compartilhada pode se tornar um desafio. No entanto, a legislação brasileira determina que esse deve ser o regime prioritário, mesmo que haja conflitos entre os pais, salvo em casos de risco para a criança (como violência ou negligência). Aqui estão algumas abordagens para lidar com essa situação:
1. Como lidar com o conflito na guarda compartilhada
- Comunicação mínima, mas eficiente: Se o diálogo entre os pais é difícil, é possível manter uma comunicação restrita ao essencial, usando mensagens escritas (WhatsApp, e-mail) para evitar discussões.
- Regras claras: Estabelecer regras para a criação dos filhos ajuda a evitar conflitos sobre rotina, educação, saúde e lazer.
- Mediação familiar: A ajuda de um profissional (psicólogo, assistente social ou mediador) pode facilitar acordos e melhorar a relação entre os pais.
- Plano parental: Criar um documento com as principais diretrizes sobre horários, escola, saúde e outras questões ajuda a organizar a rotina dos filhos e minimizar brigas.
2. Quando um dos pais não respeita os acordos
Se um dos pais desrespeita os acordos, age com alienação parental ou dificulta o convívio, algumas medidas podem ser tomadas:
- Registrar ocorrências: Mensagens, e-mails ou testemunhas podem ser úteis caso precise levar a questão à Justiça.
- Pedir revisão da guarda: Se um dos pais está prejudicando a criação da criança, a guarda pode ser revista judicialmente.
- Solicitar acompanhamento judicial: Em casos graves, o Ministério Público pode intervir para garantir o bem-estar da criança.
3. Quando o conflito afeta os filhos
- Evitar discussões na frente da criança: Brigas entre os pais podem causar insegurança emocional nos filhos.
- Buscar apoio psicológico: Tanto para os pais quanto para os filhos, a terapia pode ajudar a lidar melhor com o estresse e as emoções.
- Manter o foco no bem-estar da criança: Ainda que haja desavenças entre os pais, a prioridade deve ser sempre o que é melhor para os filhos.